O desafio de entender os nativos digitais
por Luiz Marins
Será que temos a plena consciência de que essa nova geração de nativos digitais – aqueles que já nasceram com celulares, computadores, e-mails, blogs, web, wikis, podcasts, etc. – são totalmente diferente de nós, mais velhos, imigrantes digitais? Lembre-se que estes meninos e meninas serão nossos funcionários daqui a muito poucos anos, nunca viveram em uma sociedade sem live messenger, Google, Wikipedia, MTV e tudo que nos parece ser totalmente estranho.
E, se você, que está lendo esta mensagem não sabe do que estou falando, é a prova mais cabal de que você é mesmo um imigrante, que pouco entende deste mundo em que os nativos são capazes de usar tudo isso que eu disse acima, ao mesmo tempo e de forma absolutamente natural. Essa capacidade de realizar multitarefas é própria do mundo digital e os nativos sabem disso, vivem isso. Nós, imigrantes, jamais conseguiremos. Conversar numa comunidade digital, ao mesmo tempo assistir MTV, falar ao celular no ouvido direito, com o iPod ligado no ouvido esquerdo, pode parecer absurdo para nós, imigrantes digitais, mas é absolutamente normal e possível aos nativos. Nós, com nossa mente linear e seqüencial, não conseguimos fazer mais que dirigir ouvindo rádio.
Assim, é hora de nós, imigrantes digitais, começarmos a entender que o mundo não voltará a ser analógico e partirmos para um esforço de entender melhor esse mundo digital, de nossos filhos e netos e, obviamente, de nossos futuros colaboradores na empresa. Meu conselho para isso é que você comece a participar de blogs, procurar temas de interesse na Wikipédia, buscar coisas novas no Google, baixar imagens no Flickr, ouvir músicas diretamente de seu celular, assistir meia hora de MTV, comprar um smartphone, abrir uma conta no no Facebook e dar uma olhada nos sites de leilões como e-bay e outros só para ver a imensidão de coisas à venda on-line.
O mundo sempre teve muito medo das coisas novas. Em 1950, um grupo de professores alertou sobre o perigo das canetas esferográficas na educação, advogando a continuidade das canetas-tinteiro. Lembre-se que esse mundo digital está aí. Não é ficção!
Pense nisso. Pense digital. Sucesso!